2005/02/24

LEIRIA, ESSA MANCHA LARANJA...

Durante uns tempos, Leiria foi uma cidade fixe e popular.
Foi a Leiria dos Silence 4, depois a Leiria do Telmo do Big Brother (fenómeno pouco fixe, mas muito popular), e por fim, foi Leiria do David Fonseca. Até aqui tudo bem...
Tudo bem até este fatídico domingo em que Leiria passou a ser... essa mancha laranja.
Apesar do nosso presidente da república achar que o governo PPD-PSD não era competente, dos 17 distritos acharem que do Dr. Santana Lopes devia ficar-se pela revista Caras, por alguma razão estranha que eu desconheço, Leiria votou maioritariamente PSD (e os poucos que restaram votaram PP). Contra ventos e marés, os leirienses acharam que o primeiro ministro deste grande país era um tipo competente, sensato e ainda com muito para dar (ou pelo menos o suficiente para mais 2 anitos).
Os leirienses, é soa boa gente! São pessoas honestas, humildes e inteligentes, que reconhecem um bom governo a milhas... São tão inteligentes que votam solidariamente no mesmo partido que elege presidentes da câmara injustamente envolvidos no caso “Apito Dourado” (processo que tem como única função difamar pessoas justas e honestas).
Infelizmente, não possuo nenhuma destas qualidades de leiriense típico... e, infelizmente, talvez a minha única alternativa seja o exílio político para um país tropical.
Para grandes males, grandes remédios...

2005/02/08

E agora, meus caros, para uma radical mudança de posição: um muito obrigado a todo o tipo de críticas construtivas que temos visto por aqui, sejam elas positivas ou negativas: ajudaram-nos a construir e continuar o blog, de todas as maneiras. Continuem a vir, a ler, e a dizer-nos o que acham. :)

Por outro lado, estou farta "destes" parasitas que até escrevem críticas medíocres de cinema nos nossos comentários. Baixam, em muito, o nível das coisas que nós queremos que se passem por aqui, se é que ainda temos algum controlo sobre elas. Lembram-me aquelas lapas que vivem agarradas aos peixes, não fazem nada, só dão cócegas e mau aspecto. Arranjem uma vida, ou, numa alternativa mais comezinha, talvez um blog. Já não há pachorra para tanta ânsia de protagonismo...

Por isso, e até ver, acabaram os comentários. Mandem-nos emails, se querem falar connosco.
É curioso que a Kati se intitule jornalista, crítica musical, directora de conteúdos e todo um rol de coisas por aí além.

Especialmente quando já não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira vez que redige um artigo, baseado em nada mais do que um artigo de outra revista qualquer. Desta vez foi sobre o Beck, citando antigas entrevistas ao Y, o suplemento Tentaciones do El País, a Maxim, e até biografias manhosas do Beck na net, incluindo repetir três vezes factos que já todos sabemos de cor sobre a sua vida e seus antigos àlbuns. Mas lembro-me de Agosto de 2004, num artigo sobre o (então) novo àlbum de Bjork, baseado apenas na entrevista dada por esta à revista "W", em que a Kati se limitava a traduzir e compor uma espécie de ficha de leitura com os melhores momentos da entrevista. Mais tarde e já no Outono, escreveu mais uma vez um artigo citando a Premiere (americana, se não me engano), sobre o novo filme de Wes Anderson, "The Life Aquatic". Este maravilhoso pedaço de jornalismo limitava-se a citar essa Premiere, e mais uma revista a que Bill Murray tinha falado, compondo mais uma vez uma ficha de leitura com os best-of das entrevistas.

Descaradamente, a Kati assina estes artigos, quando se limita a traduzir excertos e fazer um tipo de corta e cose que eu fazia já na quarta classe quando tinha de fazer trabalhos de investigação sobre o Vasco da Gama ou lá o que raio fosse.O pessoal ia à enciclopédia, disfarçava um bocado o texto com uns sinónimos, e pronto, lá ia dando para ter umas notas decentes.

Se isto é autoria, quanto mais jornalismo, eu vou ali e já venho.

Mas e daí, é isso que a Kati e todos esses maravilhosos jornalistas culturais fazem connosco - tomam-nos por estúpidos. O maior problema é que nós deixamos.

Por isso, Kati, já que deixaste de escrever para o Y e limitas-te a pequenos artigos para o PÚBLICO, a seleccionar conteúdos para o Y, a escrever por vezes a secção Neon, e já nem vais tanto ao cinema como costumas ir (temos sentido muita falta das bolas negras), deduzo que deves ter bastante tempo livre. Por isso, que tal empenhares-te em escreveres coisas de jeito? E já agora, dares aí uma dica aos tipos que trabalham contigo para fazerem o mesmo. Eu, pelo menos, estou farta de ler o Y. No entanto, continuo a achar que combater o pretenciosismo e as tristemente absurdas elites culturais não é, jamais, uma perda de tempo.