Não sei porquê mas estas férias de duas semanas que ando a passar em lisboa andam a estupidificar-me para além do razoável: já não escrevo para este blog há praí umas duas semanas porque só tenho ideias inexplicavelmente estúpidas, mas mesmo essas preciso de extravasar.
O meu quotidiano resume-se a poucas coisas interessantes, umas das quais é ver televisão. Descobri as maravilhas do compacto
McGuyver ao domingo na Sic Radical, e passo o resto do tempo entre a Sic Gold e a Sic Mulher, a ver programas interessantes como, à tarde, a
Murphy Brown (ah! mas é o Haley Joel Osment a fazer de filho da Murphy!!), os
Inseparáveis (em que o Vandy é fabulosamente bom, juntamente com o Carson) ,
A Juíza (alguém me traga aquele instrutor de karaté), o
Começar de Novo (um clássico, em que que acompanhamos o crescimento de Eli, um rapazito que se tornou bastante interessante ao longo do tempo), e claro, o
Sexo e a Cidade (em que eu sou, claramente, a Samantha -talvez sem o sexo incessante-, com alguns laivos de Charlotte -sim, aquelas descobertas fantásticas que ela faz de vez em quando também me lembram alguns episódios da minha vida-, e descubro tudo o que sei sobre maquilhagem, roupa, carteiras Fendi e sapatos Manolo Blahnik). À noite, tenho a Sic Gold, com o
Barco do Amor (que é uma seca inexplicavelmente grande, mas o vestidos e os penteados compensam), o
Dallas (que já não é uma seca mas os vestidos e os penteados também compensam), a
Casa na Pradaria (sou viciadíssima!! O Michael Landon é uma espécie de guia espiritual, e aquelas lições sobre o amor e a vida são extremamente gratificantes, aquelas frases, aquela simplicidade, aquela coisa tão... não existente!!! - e para quando...
Um Anjo na Terra???), mas depois ainda vem o
Cheers, Aquele Bar (Ted Dawson?, infância?). Noutras alturas, opto por coisas mais mainstream como o
Kubanacan (aquele Marcos Pasquim tira-me do sério), MTV, VH1, Sol Música, MCM, Cartoon Network, aturar a minha irmã que é viciada no People + Arts (Wedding Story, Makeover Story) e nos programas da BBC Prime em que eles remodelam casas em um dia e sem gastar um tostão, e pronto, já dá para não fazer nada o dia inteiro, deitar-me às 3 da manhã e dormir até ao meio-dia.
Depois, o fim de semana traz aquelas coisas interessantes que são as saídas à noite, as bebedeiras, o chegar a casa muito cedo e as ressacas subsequentes. Não pensem que a minha vida se limita a isto, mas o facto é que este fim de semana, com o fim das aulas e as festas de Carnaval, trouxeram uns quantos episódios interessantes. Nesses dias a minha vida tornou-se similar a um filme: cada dia era um diferente. Se na sexta feira, com a
festa de Carnaval da FBAUP, a bebedeira associada e todos as vicissitudes que se lhe seguiram a minha vida foi uma espécie de filme porno soft core; na segunda feira, com as viagens que fiz para sair à noite, de óbidos para lisboa, levar pessoas a casa, trazer pessoas a casa, a estrada não acabava e eu, a guiar, só me sentia no Lost Highway.
E agora devia arranjar alguma coisa interessante para acabar este post, mas não me lembro de nada. Deve ter qualquer coisa a ver com esta estupidificação constante. O que vale é que para a semana começa o trabalho outra vez, deixo de faltar as aulas, fico sem dores de garganta e volto a atinar.