2004/03/31

Desde o último 11 de Março e dos famosos atentados em Madrid, que parece pairar sobre nós sobre as nossas cabeças esta grande nuvem negra chamada TERRORISMO.
Portugal está em alerta máximo.
Uma mochila abandonada pode ser uma bomba armadilhada deixada num canto por um qualquer grupo extremista, um canivete suíço pode, muito bem, ser uma arma de destruição maciça...
Para mim, este tipo de coisas são uma excelente notícia! Se eu, por acaso, deixar por aí perdida uma mochila, num canto qualquer (o que até me acontece frequentemente) as probabilidades de alguém me roubar o conteúdo da mochila, são quase nulas, mas melhor que isso, as probabilidades da mochila me ser entregue umas horitas mais tarde, intacta e por um agente da autoridade que se limita a fazer um pequeno inquérito(sobre as minhas opções religiosas, naturalidade e se tenho algum interesse por homens barbudos), são mais que muitas!

Espero, que em breve as chaves abandonadas em cantos de locais públicos sejam consideradas ameaças à vida humana.
O dinheiro que poupava em não ter de, todas as semanas, fazer novas chaves para substituir as perdidas algures entre Leiria e Porto.

2004/03/30

Ao contrário de grande parte da população mundial, ainda não vi a Paixão de Cristo.
Eu, até quero ver, mas acho que vou esperar mais uns dias até as salas de cinema esvaziarem, assim, sempre evito velhinhos a chorarem, criançinhas assustadas e aos berros... e se tiver alguma dúvida na história, tenho de esperar menos tempo até a homilia pascal esclarecedora .
De qualquer maneira, todas as pessoas com quem tenho falado, perguntam-me se já fui ver o filme e acabam sempre por deixar escapar "ahhh,pois... mas quando fores ver, tem cuidado, é muito violento".

Eu bem me lembro que quando era miúda, a minha mãe arrastava-me todos os Domingos para a missa, na terrinha dos meus avós; e acho que me lembro de ver umas cenas da crucificação de Cristo pintadas em azulejo, capazes de meter medo ao mafarrico. Cenas, perfeitamente tenebrosas para uma miúda de 8 anos, que envolviam uma série de pregos, uns tantos olhares de horror, dor e sofrimento, uma coroa de espinhos espetada numa cabeça, que me conseguiam tirar o sono várias vezes à semana.... Mas, pior que isso, era aquele cristo crucificado, com um olhar suplicante, sofredor, a escorrer sangue por todo o lado... agora imaginem, ter de passar por este cenário tétrico TODAS as semanas (ainda hoje quando penso nisso, sei que vou ter mais uma noite em claro).
Na altura não me lembro de se comentar que aquilo podia ser violento ou que podia impressionar criancinhas indefesas.

Quando era miúda tinha um Spectrum, agora os putos têm Playstation

Na verdade, tudo se resume a uma questão de realismo, para o melhor e para o pior...

2004/03/23

[ eu e a Anabela Mota Ribeiro ]


eu e a Anabela Mota Ribeiro.
(pois...)

Hoje estava no meu passeio vespertino quando consegui reparar, na FNAC, numa prodigiosa nova invenção do mercado editorial português, aproveitando-se sem dúvida desses grandes eventos que se aproximam com a chegada do Verão que são o Rock in Rio e o Euro: são eles os guias de conversação e os dicionários no âmbito do euro, que existem nas versões português-inglês, português-italiano, português-alemão, português-espanhol e português-francês, por enquanto. Não me dediquei muito tempo a observá-los, mas, visto que são editados no âmbito do Euro2004, não tenho dúvida que estarão infestados de expressões deliciosas, acessíveis em todas as línguas, como: "passa a bola!", "isso é fora de jogo!", "é falta!" e "o filho da mãe do árbitro foi comprado!", para uma experiência do jogo verdadeiramente internacional.
Espero ansiosamente a edição do guia português-àrabe, que espero que contenha expressões úteis como "esta mochila só tem comida" e "não é preciso revistar-me, senhor guarda" - para além das mencionadas anteriormente, é claro.

2004/03/14

Tenho medo que num acto tresloucado alguém se lembre de convidar a Dulce Pontes e o Nuno Guerreiro para cantar na sessão de abertura do Euro 2004.
Tenho, ainda mais medo, que, durante o intervalo do primeiro jogo, alguém se lembre de copiar o exemplo americano do SuperBowl...
Não é facto de a Dulce Pontes mostrar o mamilo no estádio da Antas que me amedronta, preocupa-me, antes, termos de ver as constantes repetições nos noticiários deste país, vezes e vezes sem conta...
Portugal não precisa de uma tragédia no dia 11 de Junho.

2004/03/13

MULHERES/MONTRAS

Continuo espantada com a quantidade mirabolante de ideias muito interessantes que podem passar pela cabeça de uma pessoa às horas mais estranhas. Mais uma vez tinha-me eu esquecido dos horários dos autocarros da madrugada, e mais uma vez a tininha mostrou a sua infinita compaixão por pessoas como eu, despassaradas e esquecidas, esperando comigo uma hora ao frio pelo meu querido 19. Isto, bem entendido, eram 4h da manhã, e por ali ficámos até às 5. Ao menos não estava a chover.
Foi nesse momento que, ao repararmos na quantidade absurda de carros que abrandava ao passar por nós na avenida dos aliados, a tininha formou o seu iluminado enunciado sobre mulheres e montras, homens e mulheres.
Toda a gente sabe que uma mulher lambe montras. É um dos seus passatempos preferidos, inútil, no qual gasta muito do seu tempo útil, especialmente se tiver entre 15 e 40 anos. Algumas praticam este desporto até muito tarde na vida. Uma mulher olha para todo o género de montras, desde sapatos ("AHHH!!! que lindos, dava tudo para ter aqueles prada!!"), especiarias ("realmente nunca provei caril de antígua mas ainda no outro dia estava a pensar fazer uma daquelas receitas do pantagruel, visto nunca o ter aberto"), facas ("ainda bem que ainda não tenho casa e ainda não tenho de pensar em comprar isto"), a serviços ("que horror! parece aquele trem de cozinha da filipa vacondeus! jamais comprarei uma coisa como esta").
Ora o facto interessante é a comparação que a tininha fez: o homem sofre exactamente da mesma doença do olhar, no entanto, o objecto não são montras, mas mulheres. Todas as mulheres. Quaisquer mulheres. E sempre acompanhado, como acontece com as mulheres e as montras, de uma observação, nem que seja apenas no pensamento. Eles não conseguem deixar de olhar, mesmo que estejam agarrados à namorada, à mulher, aos filhos, nem que a mulher em questão seja gorda, alta, magra, baixa, feia ou bonita. O mesmo acontece com as mulheres, que não conseguem deixar de olhar para as montras, nem que estas sejam bonitas, feias, grandes, pequenas, cheias de objectos inúteis ou úteis, de lojas de mobiliário de casa de banho e lojas de trezentos. É impossível escapar-lhe. É mais forte que nós.

2004/03/11

Sofro de uma disfunção de armazenamento de informação, isto é, quando oiço a palavra ENTREGA sucedida das palavras "para o próximo mês" ou "no final do ano" não consigo reter essa informação no cérebro que fica apenas registada no inconsciente... só quando volto a ouvir a associação da palavra ENTREGA com "amanhã", "daqui a 2 dias" ou "para esta sexta", é que a informação fica registada no consciente o que imediatamente se reflecte numa série de impulsos físicos como: suores frios, espasmos abdominais, cefaleias, tremores, que só acalmam depois de insultar o professor, a disciplina, o curso, a instituição, o país, o mundo e por aí fora.

Já há muito que padeço deste mal o que, recentemente, me fez levar, a escrever uma carta à redação da TVI, na esperança de conseguir alertar todos os interessados para existência da doença, criar uma base de dados com informações sobre o gene disfuncional , criar terapias de grupo, apoio a familiares, distribuir informação nas escolas...
Com o apoio de todos podemos melhorar o mundo.
Dar uma nova esperança ao povo que sofre.
Ou... simplesmente, ADIAR A ENTREGA!!!







Faz-me alguma confusão saber que a Dulce Pontes é uma das representantes (a nível musical) do nosso humilde país.
Também me faz alguma confusão saber que a maioria dos estrangeiros descreve o povo português como sendo baixo, feio, gordo, parolo e com muitos pêlos (homens e mulheres).
Começo a achar que estas duas coisas estão relacionadas.

2004/03/10

voltei

2004/03/08

É sempre bom saber que vai haver um Indiana Jones IV, para transformar a trilogia em tetralogia.
Sean Connery e Harrison Ford voltam para desempenhar papéis, agora de irmãos porque o Harrison Ford já deve ter quase 60 anos, e já parece irmão do Sean Connery.
Resta saber quem é que vai fazer o papel de jovem Indy, agora que o River Phoenix morreu e o Leonardo DiCaprio parece um canastrão.